sexta-feira, 12 de junho de 2009

A História do Universo DC – Parte I

 

 

A História do Universo DC

Parte I – Publicada originalmente em History of the DC Universe #1 (1986) / No Brasil, em A História do Universo DC (Panini Comics – Junho/2009)

1ª PARTE

Harbinger-Elph O que começou como um universo singular tornou-se um multiverso sob risco de aniquilação nas mãos de uma força demoníaca. Heróis de muitos universos uniram-se e destruíram o mal na alvorada do tempo e, por causa deles, o universo singular renasceu.

Nesse renascimento, a história dos planetas foi alterada. Eu assisti ao ocaso do multiverso e ao nascimento do universo, e sabia que tais alterações deveriam ser registradas.

Eu não faço isso à guisa de esclarecimento, pois ninguém tem permissão para saber do multiverso  que existiu outrora. Eu faço isso porque devo, porque as mudanças devem ser registradas, e porque devo pagar minha dívida para aquele que me concedeu o privilégio de saber da verdade.

Ele foi um ser que viveu dez bilhões de anos. Viu o multiverso nascer, e sabia de seu fim Monitor-Elphinevitável. Ele reuniu aqueles heróis e liderou-os em sua batalha contra o mal, morrendo para que o universo pudesse viver. A ele, eu dedico esta narrativa.

Esta é, portanto, a História do Universo como eu a vi. Diz respeito aos homens e mulheres que lutaram e sacrificaram as próprias vidas para salvar o universo, cuja coragem e determinação alteraram o passado e o futuro.

Quanto a mim, eu a Precursora, e é minha missão recolher a verdade.

Nós sabemos que o universo foi criado a mais de dez bilhões de anos, formado a partir de gases e forjado com fogo. A vontade única, que trouxe luz às trevas e deu substância ao nada, criando a vida onde ela não existia, deve ter se permitido um suspiro de satisfação quando filhos choraram ao nascer.

A vontade única deve ter se sentido singularmente orgulhosa ao ver seus filhos arderem prenhes de vida e ambição, deixando seus ninhos para explorar o infinito, expalhando-se pelo universo que havia sido nada um piscar de olhos antes.

Suas sementes foram di sseminadas nos ventos estelares. Em alguns mundos, a vida cresceu do plasma. Em outro, ondas de cintilante calor adquiriram insondável inteligência. Em menos do que trinta mundos, a vida desenvolveu-se do som; enquanto, em mais de um milhão de outros planetas, o silício tornou-se a base da vida.

Vinte milhões de mundo acolheram o carbono, enquanto três milhões de planetas abrigaram a luz racional. Em mil planetas, a vida tornou-se representada como conceitos intangíveis. E, de cada começo, a vida evoluiu para de tornar algo mais… algo maior.

Oa

Oa não foi a primeira grande potência, mas foi a primeira a não ser consumida por sua própria ganância. Colonizadas por alienígenas do planeta Maltus, Oa foi um planeta de ciência e tecnologia que alcançou o auge da civilização quando a maioria dos mundos ainda estava embrenhada nos primeiros lampejos da autoconsciência.kronaoriginal8uy

Os oanos exploraram não só as estrelas, mas as profundezas de si mesmos, desenvolvendo telepatia e telecinésia para ajudá-los em suas investigações. Nada estava aquém do interesse dos oanos e nada continuava a ser um mistério por muito tempo. Seu planeta era um oásis de harmonia e assim permaneceu por milhões de anos, mas o cientista Krona não estava satisfeito em explorar o espaço. Ele se embrenhou na única área da ciência proibida a todos os oanos: a origem do próprio Universo. Krona ignorou os  alertas de que eclodiria o caos caso ele assistisse ao tempo se desfraldar e a mão da criação penetrar no cosmo para colher o fruto da vida.

No instante em que fez isso e viu… o Universo explodiu.

O que havia sido um universo tornou-se dois – matéria e antimatéria – e, ao se desatrelar o universo de antimatéria, veio uma onda de mal que se espalhou por cinquenta milhões de munods, corrompendo o que havia sido um paraíso. Os oanos entenderam que era sua responsabilidade conter o mal que um deles havia deflagrado.

Tentaram, então, criar o guerreiro perfeito. Lagartos alterados geneticamente (que mais tarde se tornaram conhecidos como Psíons) foram um fracasso inicial que os oanos abandonaram.Manhunter_TD

Criaram, então, uma tropa de soldados chamados Caçadores Cósmicos que enviaram para todos os cantos do universo a fim de combater o mal. Com o tempo, os Caçadores se rebelaram e suas legiões foram desfeitas.GL corps logo

Tais fracassos provocaram grandes desavenças entre os oanos. Os pacíficos Guardiões reuniram os  seres mais corajosos de cada setor espacial e equiparam-nos com anéis energéticos. A Tropa dos Lanternas Verdes teria sucesso onde outras tentativas haviam falhado… enquanto os Guardiões que acreditavam na destruição do mal evoluíram para se tornar a raça conhecida como Controladores.

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No entanto, os problemas dos Guardiões estavam longe de acabar. Seus primeiros experimentos haviam evoluído para se tornar a temível raça dos psíons, a qual teve de ser banida para os mais longínquos confins do espaço. No entanto, apesar dos Lanternas Verdes e dos Caçadores, o mal floresceu e acabou por infestar a Terra. O primeiro mal veio na forma de demônios. E não foram os últimos.

demons-3Abnegezar, Rath e Ghast

Equanto a Terra estava abandonando seus primórdios incipientes, outros planetas em outras dimensões alcançavam a maturidade. Em um deles o experimento letal de Krona foi reproduzido por seu principal cientista que assitiu assombrado à mão da criação reunir as nuvens do caos.

Pariah Em outra época, quando o multiverso ainda existia, esse experimento deflagrou o terrível mal que destruiu universo após universo… mas nesse novo universo, mal algum foi liberado de seu sono de um bilhão de anos. Os segredos da criação foram desvendados por esse cientista que, um dia, seria conhecido como Pária. Ao longo de treze meses, ele se manteve em sua câmara de antimatéria, ouvindo os primeiros choros da existência, testemunhando o nascimento da primeira vida racional, até que a vontade una não o permitisse ver mais nada.

Onde outrora houve dois seres criados na mesma explosão de matéria e antimatéria, agora dc_destiny_rarrestava apenas um. De seu ponto de observação, ele podia ver tudo que havia sido, que era e que seria.

Na vida de cada ser vivo, há um momento de crise… um instante onde odestino se decide e o futuro torna-se  irrevogavelmente determinado. Somente, então, nessa encruzilhada, ele pode ser visto: raramente falando, mas sempre escrevendo em seu Livro de Almas. Alguns hão de nomeá-lo de sorte, outros de sina. Ele antende a esses nomes e a mais um… Destino. No firmamento acima de tudo, ele observa calado o silencioso clarão percorrendo o espaço em direção à Terra. Ele sabe que sua presença alterará o destino imediato de duas almas primitivas e afetará a vida de mais de dez milhões.

O clarão arde ao rasgar a atmosfera da Terra em meio à noite, e os neanderthais que contemplam a abóboda enegrecida se incandecer rogam aos deuses da Terra, do Sol e da Lua que esse não seja o fim de toda a existência.

Ninguém da Tribo do Urso ousa se aproximar da luz bruxuleante que incendiou as árvores frutíferas a quase dois quilômetros dali. Os membros da tribo se esconderam nas trevas de suas cavernas.

No entanto Vandar Adg, da Tribo do Sangue, caçando inimigos para matar e javalis para comer,  estava no descampado quando a estrela explodiu diante de si. Suas chamas fizeram arder carnes e atingiram sua alma. Vandar Adg sentiu uma mudança que sua mente primitiva ainda não era capaz de compreender. Já não era mais um mortal; na verdade, Vandar Adg havia se tornado Vandal Savage, o Imortal.

A extraordinária transformação de Savage foi acompanhada por outro homem… o líder da Tribo do Urso que seguiu seu inimigo até a luz e viu sua inexplicável metamorfose. Enquanto Vandal fugia de medo, ele cautelosamente aproximou-se da estrela e tocou-a. Ele também foi alterado. De ser mortal, tornou-se o Homem Imortal. Cada vez que morresse, ele renasceria.

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Vandal Savage                                                            Homem-Imortal

Naquela noite, Vandal Savage matou doze de seus inimigos. Ainda assim, a sede de sangue que latejava em seu peito não foi saciada.kaanga[3]Anthro[3]

Aqueles foram tempos de violência. A morte de uma fêmea nas mãos de um macjo teria repercussões  num futuro distante. Seu corpo morreria, mas sua alma, um dia, haveria de voltar.

Também foi uma época de mudanças. A era dos neanderthais abriu caminho para os primeiros cro-magnons. O jovem Anthro liderou seu povo a uma era de luzes. As guerras entre os derradeiros neanderthais eos primitivos cro-magnons foram sangrentas, mas grande guerreiros ergueram-se para dar cabo da violência. As forças de Kong, O Indomável, pavimentam a trilha rumo a um futuro menos violento.

Nos séculos vindouros, civilizações floresceram e grandes impérios surgiram. As forças da magia dominaram a Terra e se estabeleceram no Reino da Atlântida. Foram tempos de misticismo, e feiticeiros corruptos encontravam-se em batalha constante com os praticantes da ciência.

Guerras entre ciência e bruxaria ameaçavam destruir o reino insular, e alguns, temendo por suas vidas, fugiram mar adentro em antigas embarcações cisne. Um desses grupos descobriu as cavernas subterrâneas que levavam a Skartaris, o selvagem mundo dimensional cujos portais jaziam profundamente nas entranhas da Terra.arion

A violência continuou na Atlântida, até que surgiu, entre os feiticeiros, um homem chamado Arion, que usou seus poderes para a paz. No entanto, invasores enfrentaram Arion, o sumo sacerdote da Atlântida, numa grande batalha que provocou a submersão da ilha. No entanto, os atlantes estavam preparados e ergueram abóbadas ao redor das cidades gêmeas de Tritonis e Poseidonis. Ambas as metrópoles tornaram-se grandes nações submarinas vinculadas apenas por sua descendência atlante, à medida que o povo de Tritonis alterou sua forma para se tornar uma raça de sereias e tritões enquanto os habitantes de Poseidonis mantiveram a aparência humana, mas desenvolveram guelras que lhes permitia respirar debaixo d’água.

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